terça-feira, 31 de agosto de 2010

A PASSAGEM DO TEMPO – A SAGA 3.

Os dias hoje,
Passam muito mais rápidos.
A sua solidão, antes normal,
Chega muito mais rápido.
Só entendia a frieza e confiava na sua velha Armadura Negra.

Nem sempre foi sozinho,
Já foi cercado por uma corte inteira.
Muitos companheiros,
Muitos amigos. Amigos?
Acreditava ter conseguido montar sua confraria.

Sua propriedade sempre cheia,
Todos em sua volta.
Era sua confraria,
Sua elogiada comida fartava os convidados.
Sua bebida aplacava a sede dos amigos. Amigos?



Mas manobrado por muitos,
O guerreiro, no alto de toda sua
Experiência foi traído.
Aquela corte, grande corja,
Derrubaram toda a força do cavaleiro.
Tudo o que ele acreditava, deixou de
Existir.

Só lhe restou o cavalo, sua armadura negra
E seu, mesmo estraçalhado, orgulho.
Como já dito, viajou procurando, por todos os lados.
Procurou encontrar o que tinha perdido.
Não queria suas propriedades,
Queria apenas reencontrar sua alegria
Sua confiança nas pessoas.
Queria voltar a gostar e respeitar as pessoas.
Apenas aprendeu a solidão e a frieza.



Dizem os sábios, que o Sr. Tempo a tudo cura.
Para e fica pensando, será que realmente
O tempo o curou? Será que esta nova confraria
Que ele encontrou seria a prova
De que o tempo cura?
Será que estes, que até ontem não,
Mas hoje ele tem como SEUS são testemunhos
De que o tempo cura?

Será que o barulho, as risadas, os olhares carinhosos e
A saudade que tudo isso deixa ao silenciar o castelo
São as demonstrações de que o tempo cura?

A SAUDADE é doída as vezes,
Mas ele não se deprime,
Pois o tempo passa rápido e
Logo o castelo estará cheio novamente.

Os dias hoje, mas do que sempre
Parecem-me passar mais rápidos.
Minha solidão, antes normal,
Chega muito mais rápido.
Minha casa esvazia mais rápido a cada semana.
Eu só conhecia minha frieza,
Só confiava na minha velha Armadura Negra.



Nem sempre fui sozinho,
Já estive cercado por muita gente.
Muitos companheiros, muitos “amigos”.
Depois de algum tempo, acho que remontei
Minha nova confraria.

Os meus, hoje, muito MEUS,
Deixam-me sozinho, com muita saudade.
Mas como dizemos aqui nos pagos:
Mas vale pra um gaudério uma saudade,
Do que não ter saudade alguma pra sentir.

9 comentários:

  1. Lembro de quando nos conhecemos e do momento em que o vi pela primeira vez, lembro da emoção que senti quando percebi que "Tu" eras o "Meu" prometido do destino!!! Ainda sinto o sabor doce e amedrontado do primeiro beijo que trocamos e o toque das tuas mãos na minha pele, não imaginávamos que nossos caminhos seguiriam ao encontro um do outro, ainda lembro da casa vazia, em cada visita parte de mim ia ficando, pouco de mim ia deixando, e parte de ti ia levando, hj meu cheiro está em cada parte desse castelo, tem mais roupas minhas no teu castelo que no meu próprio, e teu castelo, nem te pertence mais sozinho, pq mesmo quando meu corpo não o ocupa, minha alma o percorre!
    Crianças correndo, adolescente surtando, eu deixando o arroz queimar... de tudo, sentimos falta...
    Amor, quero que saibas, que te amo! Amo cada segundo que passamos ao lado um do outro e em muito breve o castelo será ocupado não só por um cavaleiro e sua dama, mas pela família que habita em nós!
    Te amo!!!

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  2. LIndo.....
    Lindo o poema...
    E mais linda a sua declaração de amor Lala...
    amei!!
    Bjus e que continuem sempre cheios de cumplicidade, companheirismo e amor!!
    Vivi Ayres

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  3. Perfeito!!
    Como perfeito é o amor de vcs...
    Como são perfeitos vcs dois juntos...
    Amo vcs!!!
    Beijos

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  4. Muito muito lindo e emocionante!
    O tempo escorre das minhas mãos e minha identificação foi enorme.
    Parabéns!

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  5. O Tempo, o grande mestre...
    Não há mestre sem aprendiz.
    Amigos são escolhas e toda escolha tem um preço.
    Solidão, reflexão e saudade.
    Uns fragmentos da vida que só quem vive sente.
    Obrigado por outro momento prá pensar na vida,
    nos "amigos" e naqueles que sentem saudade
    quando nos deixam.
    Um grande abraço

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  6. Ótimo poema!!
    Separei esse trecho:
    "...Mas como dizemos aqui nos pagos:
    Mas vale pra um gaudério uma saudade,
    Do que não ter saudade alguma pra sentir..." // Bonito isso! E concordo plenamente! Parabéns pelo texto! E mais uma vez, parabéns pelo blog!! o/ abraço!

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  7. O tempo às vezes cura, às vezes não ... Depende das fendas causadas no coração e o quão importante serão as pessoas que irão auxiliar a cicatrizar as mazelas do tempo!

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  8. Aew manow, o poema tá ótimo, e a declaração da Lala de um toque todo especial e tchuc tchuc^^ hehe #AmorFofo

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