domingo, 12 de dezembro de 2010

RECESSO!!!

Por motivos de casa cheia, bagunça e muita magrela na casa da fera, dia 17/12/10 continuação da saga ocorrida na Segunda Guerra Mundial...
Agradecemos aos amigos por continuarem nos seguindo e aguardarem nossas postagens.

Agora me despeço porque não aguento mais ouvir a Fera me chamando para ajuda-lo a preparar o jantar... kkkkkkkkkkkkkk
Beijos nas meninas e nos meninos também...


Bela e Fera...


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Encanto, decepção, humilhação e culpa – Saga 5

O Coronel secou as lágrimas.
Tentou com todas as forças
Retornar a realidade.
Ele era um Oficial SS.
Eles, judeus, inimigos.
Tinha que planejar tudo.
Era um estrategista.

Mas ficava difícil,
Seu cérebro militarmente treinado,
Não vencia a batalha contra o coração apaixonado.
A cabeça estudava as atitudes a serem tomadas.
O coração só enxergava uma família.
Como este militar queria uma família.
Por anos, sua única família foram seus companheiros de guerra.

Logo fortes batidas interromperam seus pensamentos.
O QG ordenara a retirada de todos os judeus das casas.
Quem não tivesse os papeis seguiria para um destino,
Os cadastrados teriam que obedecer aos preparativos:
Cabelos raspados, tatuagem e desinfecção.



Mal teve tempo de argumentar,
Os soldados levaram sua “esposa”.
Seu “filho” foi poupado, pois o Coronel disse:
“Esta criança não é judia”
Mal os “seqüestradores” viraram a esquina,
O SS correu ao QG,
Queria saber qual o motivo de seu pedido ser desrespeitado.
Nunca tivera um favor não realizado.

Ao ver o Comandante da ocupação
Indagou o motivo de sua empregada ser levada com os outros.
Usou do respeito que detinha perante o exército.
Analisaram os papéis e acharam o erro.
Um equívoco jogara sua amada na lista do trem.
O trem rumo aos campos.

Deixou o menino aos cuidados das enfermeiras.
Correu como louco,
Cada minuto era fatal.
Se não chegasse a tempo,
A linda figura alva,
Teria o mesmo destino de milhares,
Seria levada a um Campo de Concentração
E como muitos,
Nunca mais seria encontrada.



Chegou esbaforido, mas logo acalmou,
Ela ainda estava na fila,
Não havia embarcado,
Pois caso a embarcassem,
Nem ele poderia fazer nada.
Respirou fundo,
Ajeitou a farda,
Enrijeceu a fronte (era conhecido pela frieza)
Passou em revista pela fila de mulheres.
Apontou com desprezo para ela.



Logo dois soldados a retiraram da fila,
E foi levada para outra fila,
A fila dos que seriam cadastrados.
O Oficial parou e olhou as duas filas.
Sentiu algo que nunca sentira,
Decepção.
Estava decepcionado com ele.
Sentia-se um mostro.
Estava decepcionado, pois ele
Fazia parte daquilo.
Ajudara a fazer aquele horror.

Após a bela moça fazer o cadastro,
Foi levada para que lhe cortassem o cabelo.
Ela olhava de forma desesperada para Ele,
Enquanto lhe cortavam de forma violenta
Os belos cabelos negros.
A cada mecha negra caída,
Uma lágrima escorria dos olhos dela.
A cada fio negro azulado no chão,
Uma faca furava o coração do Coronel.



Ele sentia-se impotente.
Nunca se sentira assim...
Era impotente,
Pois diante da tortura aplicada
Ao seu amor,
Pelo bem dos dois, dos três,
Ele deveria manter-se inerte.
Se no mínimo desconfiassem
Da traição que estava acontecendo,
Os três seriam enforcados.


Após ter belos cabelos negros
Raspados de forma grosseira,
Ela foi levada para outra fila.
20799723 este foi o código.
Este número nunca saíra da cabeça Dele.
Este foi o número que tatuaram Nela.
Aquela pele alva, Branca como a neve,
Estava violada pela ignorância de seu povo.
Mais uma vez, sentiu-se decepcionado.
Ao lembrar-se de tudo que já havia feito
Até aquele olhar cruzar com o Dele,
Seu estômago embrulhou.
Decepção e culpa corroíam seu peito.

Nem mesmo recuperada
Das outras torturas sofridas,
Ela teve suas roupas arrancadas
E junto com outras dezenas de mulheres
Foi jogada dentro de um cômodo.
Não media mais do que 3x3.
Ele de fora, remoído de culpa
Viu os soldados abrirem o registro.
Os gritos vindos lá de dentro eram horríveis.
O ouvido do Militar apaixonado pelo inimigo,
Choraram junto com seu coração.



Ao sair daquele terror,
Foi levada em seu carro para casa.
Ele mal conseguia olhar para Ela.
A força que o Oficial fazia
Para que seu remorso não transparecesse
Era pior do que agüentar a dor de um tiro.
Ele não se perdoara.
Pois aquela linda moça,
De pele alva e cabelos negros azulados e de olhar penetrante,
Depois de toda a tortura sofrida,
Estava destruída, parecia um doente terminal.

Ao entrarem em casa
Ele pediu para que ela sentasse,
Num repente, ele se atirou aos pés dela.
Chorando compulsivamente
O antes grande Oficial da SS,
Transformou-se numa criança frágil.
Aos prantos pedia perdão.
Perdão pelo que Ele a fizera passar.
Ela levantou a cabeça do Coronel, molhada em lágrimas.
Com um olhar sereno, fiel e apaixonado,
Ela simplesmente disse:
“Ich liebe dich. "

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Orgulho, desarme e lágrima – Saga 4

O beijo,
Inesquecível.
A traição ao Fuher,
Deixada de lado.
Parece que o coração militar,
Deu lugar ao verdadeiro
O verdadeiro coração do homem.
Existia alma humana dentro daquela farda.



O silêncio,
Divino.
Atrapalhado apenas
Pelo som dos corações.
Era ritmado,
Assim como
As respirações.

Um som apenas
Foi o suficiente para que o militar,
Por instinto e árduo treinamento,
Levantar-se de pronto e sacar sua pistola.
Mas a rigidez do braço do oficial
Foi facilmente dobrada.
A bela moça segurou seu braço.
Sem resistência os músculos relaxaram.
O soldado travou e guardou sua arma.




A mulher apenas olhou para o Coronel.
Aquele olhar calmo e sereno,
Ela não precisava falar,
Os olhos diziam muito.
Ele simplesmente deixava de ser
O temido Coronel Alemão,
Era apenas ele mesmo.
Aquele homem,
Voltava a ser o filho
Dos agricultores de Frankfurt.

Ela levantou-se,
Caminhou até o roupeiro a sua frente e abriu a porta.
Antes daquele olhar,
Nunca deixaria uma pessoa
Virar-lhe as costas,
Ou fazer qualquer movimento estranho.
Quantas vezes os judeus tentaram lhe matar.
Mas ela não.
Ela não lhe trazia qualquer instinto militar.
Com ela, ele sempre estava seguro.
Ele nunca seria atacado.

Quando ela se virou,
Uma surpresa!
Uma criança loira como um anjo.
Estava corada.
Logo ele pensou,
Será que algum dos corpos largados na entrada
Eram de um ex-marido?
Chegou a sentir aquele velho prazer.



Em suas veias,
Sentiu orgulho,
Pois suas tropas mataram
Seu oponente.
De qualquer forma,
Ninguém mais a tiraria dele.
Ele a salvara,
Ela o salvara.



No seu tcheco razoável,
De pronto ele perguntou:
“De quem era a criança?”
A moça, após um sorriso,
De forma serena respondeu
Que não sabia,
A criança fora deixada para sua família
Durante a correria da invasão.

Ele de forma desajeitada,
Pegou a criança no colo.
Estendeu seu braço para vê-la melhor.
Era rosado e loiro como um querubim.
Ao trazê-la para perto,
Para sentir seu cheiro.
Mas uma vez o amor venceu.



O orgulho militar do Coronel,
Mas uma vez foi quebrado.
Aquele querubim tcheco,
Passou seus braços em volta do pescoço do Militar.
Pela primeira vez desde o dia que entrou
Para a academia da SS
O jovem Coronel
Sentiu mais uma vez...
Qual era o sabor de uma lágrima.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O inicio de um momento eterno – Saga 3

Ainda atordoado o Coronel da SS atravessa a rua
Ele olha a invasão com outros olhos,
Percebe os rostos assustados.
Antes se sentia forte e poderoso
Diante daqueles rostos.
Por um tempo, o terror dos “inimigos”
(pois já não os enxergava deste jeito)
Deixava-lhe orgulhoso,
Por vezes, até sentiu prazer.
Hoje o sentimento...
Vergonha.



Adentrou no QG da invasão.
Logo foi atendido pelo comandante responsável.
Tinha uma fama respeitada...
Por onde passou,
Deixou muitas histórias.
Muitas lendas eram contadas,
Mas na maioria verdadeiras.
Era respeitado,
Pois sempre fora bem sucedido.
Nunca fracassou em missão.



Informou que tomara o belo sobrado
Como espólio de guerra.
Informou ainda que fez uma judia prisioneira,
Pois precisaria de alguém,
A casa necessitava de empregada,
Uma mulher que limpasse, cozinhasse
E cuidasse dos outros afazeres domésticos.
O Comandante assentiu todos os requerimentos.
Apenas informou que a judia
Precisava dos papéis
E passar pelos procedimentos padrões.
Tatuar o número, cortar os cabelos e higienização.



Após breve comprimento,
O Coronel, em passos apressados,
Retorna ao “seu” sobrado.
Estranha o fato de apenas um soldado
Estar de guarda na porta.
Tinha deixado dois.
Mal percebeu a saudação do vigia
Pois entrou na casa velozmente.
Escutou os gritos.
Subiu as escadas.
Mal tocou os degraus.
Quando adentrou o quarto,
O soldado estava batendo na moça.
Aquela criatura alva,
Com cabelos negros
E olhar hipnotizante.

Agarrou o agressor.
Com uma força
Que nem sabia que possuía.
Arremessou o soldado contra a parede.
Indagou de forma severa
O que ele fazia ali.
O soldado respondeu que apenas estava
Mostrando a judia o que a raça dela merecia.
O Alto Oficial desconversou e ameaçou o soldado.
A corte marcial pela desobediência.

Ao ouvir o SS repreendendo de forma severa o soldado.
A bela moça alva atirou-se aos pés do Oficial.
Agradecia sorrindo entre as lágrimas.
O soldado percebendo
O que estava acontecendo,
Ameaçou o coronel.
Iria levar a denúncia de traição,
O Füher adoraria saber
Que seu queridinho oficial
Estava defendendo os judeus.

Antes que o delator
Pudesse se defender
O oficial disparou 3 tiros.
Dois no peito.
Um certeiro na cabeça.
Olhou a moça assustada.
Mandou que ela ficasse encolhida no canto.
Gritou pelo outro soldado
Que já havia adentrado na casa.
Os tiros chamaram sua atenção.



Mandou que retirasse o corpo ensangüentado.
E apenas disse que o Alto Comando
Designara-lhe o poder de
Julgar e executar.
O morto seria um traidor
Que estava beijando a judia.
Informou ainda que na moça
Ele aplicaria o castigo merecido,
Pois se insinuara para um alemão.

Esperou o soldado sair com o corpo.
Após a certeza de estarem sozinhos,
De forma doce e sensível
Explicou a criatura alva
Que ela não se preocupasse mais.
Ele havia garantido que ela estaria livre.
Informou ainda que ela ficaria ali.
Ali no sobrado que era de sua família,
Sobre sua proteção.

Num rompante
De forma apaixonada e agradecida
Ela o beijou.
Ele se assustou e rapidamente
Afastou a bela moça.
Mas ao ver o rosto dela assustado
Com o gesto.
Ele não conseguiu pensar.
Puxou-a para perto dele.



O beijo dado na moça,
Com toda certeza...
Era a prova de que um olhar,
A beleza de uma alma,
Podem mudar a mais negra das almas.
O beijo
O início de uma história eterna.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O que só ela viu - Saga 3 (Adendo da Bela)

Senti um medo absurdo, para todos os lados em que olhava, gritos e correria na cidade em que nasci. Só encontrava o pavor, pessoas inocentes eram arrancadas de casa e jogadas na mão daqueles homens nervosos. Eram torturadas e sem nenhuma perspectiva de futuro, esperavam apenas que a morte as levasse...
Eu não queria sentir a mesma dor, invadiram minha casa, levaram minha família, destruíram minhas roupas, mas não me encontraram. Durante muito tempo minha “covardia” me assolou, deixei que os levassem, imaginei o olhar de desespero em seus olhos.




Lembro de ter tapado os lábios de um bebê, nem sei por quanto tempo ficamos escondidos, sem alimentação, desidratados... Uma eternidade.
Me movi com todo cuidado para não fazer barulho, cheguei à cozinha deserta, ainda tinham restos largados por todo lado, não havia tempo para limpar nada, precisava me esconder e alimentar o bebê, eu já havia perdido tudo, para onde levaram meus pais? Será que os veria novamente?
Peguei um pão, voltei para meu esconderijo, alimentei o bebê, peguei-o nos braços e nos aconchegamos um no outro. Ouvi novas batidas na porta, eles voltaram... Nossa hora chegou. Eram mais invasores, fiz o máximo de silêncio, nem respirávamos tudo para que não nos ouvissem, dessa vez não eram muitos, o que não diminuiu nosso medo.
Os passos avançavam lentamente pela escadaria, abriam e fechavam as portas brutalmente, me senti perdida, certamente nos encontrariam e eu nada poderia fazer para proteger o bebê, as lágrimas deslizavam livres pelo meu rosto e nada mais faria sentido.
Sai do guarda-roupas, deixei o bebe e me encolhi num canto e pensei: “Que me levem... Deus vai cuidar deste neném, pois seu filho Jesus era o protetor de todos os inocentes”.
A porta foi violentamente aberta... Um homem alto entrou. Tinha um rosto frio... Mas não era como os outros soldados... Tinha um ar imponente e pelos broches percebi ser alguém importante.




Os olhos que me fitaram não eram os mesmos que levaram meus pais, neles senti uma mistura de orgulho e bondade, alemães não tinham bondade dentro de si. Levaram meus pais, usurparam minha casa, eu era uma prisioneira dentro de algo que um dia fora meu lar.
Ele veio em minha direção, eu estava apavorada, sua mão... Rezei minha alma, pois minha hora havia chegado. Mas não. Ele tocou meu ombro e falou algo. Quase não entendi, pois tinha um sotaque acentuado. Mas diferente de todos os alemães que vi, este tinha algo diferente no olhar.
Por alguns segundos olhei e nunca esquecerei aquele olhar. Não consigo tirar da minha memória quando ele me deu um chocolate. Estava ainda nervosa e ele não parava de me olhar. Estava hipnotizada.
Som de mais passos e gritos pela casa vazia. Não sabia no que pensar... Ele era o inimigo... Eles sequestraram minha cidade e levaram minha família. Mas aquele homem não era igual, ele me passou segurança. Num ato desesperado me joguei aos seus pés e pedi que não deixasse que me levassem.
Neste momento ele tocou minha boca. Nunca nenhum homem havia feito aquilo. Atordoada e sem entender o que ele falava apenas obedeci o gesto que ele fez. Obedeci, pois meu instinto sabia que era algo bom.
Quando ele virou-se para trás e desceu as escadas com habilidade, eu rezei para que não fosse a última vez que eu o veria. Só lembro de ouvir ele repetir severamente: - Ninguém! Ninguém aqui! Levaram todos!




Respirei fundo. Confusa, apavorada, amedrontada. Em poucos minutos ouvi passos lentos e largos em direção ao esconderijo, enrijeci! Foi quando o vi prostrado em minha frente novamente. Seus olhos continuavam confusos, suas mãos tocaram minha face ainda molhada, meus batimentos aos poucos normalizavam, até hoje não sei como pude entender o seu idioma. Lembro-me que ele disse: “Não tenha medo de mim pequena”. Foi tudo o que eu entendi aquele alemão falar: “Não tenha medo de mim pequena!”

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Aquele pequeno momento eterno – Saga 2


Os olhares se cruzaram.
O instinto militar o fez engatilhar sua Luger.
Mas aquele olhar...
Aquele olhar desarmaria qualquer tropa,
Por maior e mais poderoso que fosse o exército.

Tentou falar com ela,
Sabia algumas palavras em tcheco.
Neste momento percebeu a importância das aulas
Nas academias da SS.
“Calma, não vou te fazer mal”.
Tirou um chocolate de seu bolso
Aquela moça não estava com um rosto corado...
Há quanto tempo sem comer? – pensou o Coronel.



Aquele olhar...
Antes amedrontado, agora estava sereno.
Ele olhava enquanto ela comia aquela barra doce.
Engraçado, pois ela guardou um pedaço.
Por qual motivo, pensou ele...
Deve ser para comer mais depois.

Então ele ficou ali,
Apenas admirando,
Olhando o corpo frágil e alvo.
Ela já estava relaxando aos pouco.
Percebeu que ela já tinha alguma confiança nele
Mas um barulho de passos pesados vieram do térreo.

Ela atirou-se e agarrou as pernas no Coronel...
Ele não era fluente na língua,
Ainda mais falada com terror e sem cadência alguma.
Ele só entendeu:
“Não... Me levar... Não!”

Ele agachou-se e colocou sua mão na boca dela...
O silêncio era imperioso no momento.
Sentiu a leveza de seus lábios.
Shhhhhhhh!
Apontou para um canto atrás da escrivaninha.
“Não saia daí!”

Ele sabia o que o destino guardava
Para os capturados.
Por muitas vezes ele participou da captura.
Os nomes passaram por sua mente:
Auschwitz, Treblinka, Sobibor,
Belzec, Chelmno e Maidanek.
Não importava o nome...
Seria horrível.
Por um momento sentiu remorso do que já fizera...
Vergonha de seus atos.



Olhou mais uma vez para a figura alva e delicada.
Sentiu seu coração mudar de ritmo.
Sua cabeça ficou vazia.
O único pensamento era de uma voz repetindo:
“Seja honrado, serás recompensado,
“Última chance”.
Por uma força que não era dele,
Repetiu mais uma vez para ela:
“Fique aqui. Em silêncio!”
Ela obedeceu, encolheu-se,
Ficou quase invisível.



Rapidamente o Oficial da SS levantou-se.
Enquanto caminhava para a porta,
Olhou para trás...
Mediu rapidamente os atos e as conseqüências...
Ele sabia que teria uma chance,
E não poderia falhar.
Chegou a pensar que passou 10 anos na academia em Berlim...
Poderia perder tudo por uma moça.
Chegou a pensar em desistir.
Mas olhou mais uma vez aquela beleza “invisível”
Não podia.

De frente para o corredor
Já conseguiu avistar os soldados.
Logo deu a ordem.
“Já revistei tudo. Quero que fiquem de guarda na porta...
Ninguém entra nesta casa, ela é minha!”
Deixou os homens no lado de fora da casa.
As sentinelas não moviam um músculo.



Atravessou a rua em direção ao QG da ocupação.
Iria requerer a casa e os pertences.
Já tinha tudo planejado.
Não se imaginava mais viver sem
Aquele olhar...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A história de duas almas - Saga

Setembro, algo perto de 1940, antiga Tchecoslováquia.
Cidade Praga...
O pacto de Munique entrega a capital ao Führer...
A cidade das “Cem Cúpulas”, estava submissa...
A Alemanha marcha soberana pelas ruas.



Ele veio, o Coronel das tropas.
Foi chamado para “organizar” a nova conquista,
Foi chamado, pois nunca falhara.
Foi chamado, pois foi bem sucedido em Lidice.
A vingança em nome de Hitler
Vingança pelo amigo Heidrych,
O “Açougueiro de Praga”

Ao entrar na cidade, ele olhou as casas...
Muitas.
Todas intactas.
Ali não ocorreram batalhas.
Foram entregues.

Queria escolher a melhor como pousada.
Chegou a pensar:
Sem graça, pois sem dor, sem vitória merecida.
Mirou uma na esquina...
Pensou, esta seria a sua.
O sobrado era perfeito, era seu sonho,
Desde antes entrar no exército.
Chegou a pensar:
Meus pais se orgulhariam do que conquistei...
Orgulhar-se-iam de onde cheguei.

Ele adentrou para conhecer sua nova morada...
Muitos móveis.
Na maioria de bom gosto e bem colocados.
Esta será minha casa!
Foi o que pensou.

Subiu as escadas,
Viu as 4 portas num corredor...
Chegou a pensar: “estes judeus tem bom gosto”.
Mas logo apagou o pensamento...
Traição, nem em pensamento.



Abriu porta por porta...
Queria ver sua pilhagem.
Percebeu que quem vivia ali era uma família abastada.
Estava feliz,
Conquistou um reino e ainda pegou o melhor para morar.

Mas o destino prega peças...
Na terceira porta, ele olhou um quarto lindo...
Um lugar angelical...
O ar que vinha de dentro do cômodo
Era angelical!

Adentrou com violência, chutando a porta,
Sentira o cheiro de perfume,
Algum maldito judeu ainda estava ali dentro...
Passou seus olhos pelas 4 paredes...
Não viu nada.
Passou mais uma vez...
Eis que, muito encolhida num canto,
Ele viu uma figura alva...
Alva e tremula...

Sacou de sua pistola.
Passos lentos, aproximação...
Quando sua mão, menos tremula, alcançou o objetivo,
O ser, indefeso, virou seu rosto...



Os olhos se encontraram...
O ser alvo e de cabelos negros,
Sem qualquer defesa,
Sem qualquer reação,
Deixou os seus olhos cruzarem com os dele...

Estes olhos mudariam a vida dele.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

E dizem que nós mulheres é que somos complicadas... By Bela

Olá meninos e meninas, fiquei um tempo sem postar por aqui e estava morrendo de saudades, decidi escrever algo cômico mas com muito sentimento. Espero que gostem e que dêem muitas risadas...

Depois nós é que somos complicada:

Se passarmos o dia abraçando e beijando o namorado,
Reclamam que somos grudentas.
Se não o fazemos é porque o amor acabou
E deixamos a relação esfriar...



Se o acariciamos em meio à madrugada e o acordamos,
Somos as insensíveis chatas que não os deixam dormir.
Se pegamos no sono, somos a geladeira frost- free...
Se ligamos, só pra ouvir sua voz,
Reclamam que atrapalhamos a reunião de trabalho,
Se não ligamos,
Deduzem que tivemos algo mais importante para fazer...
Que acabamos por esquecê-lo...

Homem é bicho complicado...
Querem que adivinhemos o que estão pensando
Sem nos dar ao menos uma dica,
Reclamam que passamos tempo demais no cabeleireiro
Enquanto passam o domingo de folga em frente à TV
Assistindo futebol.

Este tempo deveria ser usado para manutenção do relacionamento.
Defendem a mãe e culpam a sogra.
Ou vice- versa,
Fazem só pra ter o prazer de nos contrariar.



Pedem um tempo
Depois mandam mensagens...
SMS dizendo estar sentindo saudades...
E nós suspiramos de felicidade...
Reclamam do beijo de língua,
Mas não desgrudam os lábios do seu
Enquanto fazem amor.

Te chama de cafona
Sempre que você expressa seu gosto musical,
Mas adora saber que a letra de cada música
Faz com que você, lembre e deseje estar com ele.
Espera ansioso pelo fim de semana juntos,
Pra te chamar de chata
E reclamar da bagunça que você fez na vida dele...

Prefere recusar o chocolate que você humildemente oferece,
Um pedaço só,
Pra poder comentar com os amigos
Que você detonou a barra inteira sozinha
E que o pior de tudo é que foi ele quem comprou...
(Isso é meio que fato hehehehehe).

Ainda digo que homem é bicho complicado,
Mas digo também que já não vivo longe do que amo,
Mesmo quando as vezes ele pega no meu pé
Sem razão,
Discute sem motivo...
Esquece a data de aniversário de namoro...



Eu o amo na sua complexidade
E nem me vejo mais sem esse amor todo...
Fica aqui meu desabafo feminista!!!


Nem vou comentar... acredito que o correto, é eu ficar aqui apenas lendo... usando meu direito constitucional de ficar calado... só aqui lendo este escrito da minha Bela.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Caverna cheia - Visita da nossa amiga Dani Sgorlon

Gurizada, me deixa arrumar a gravata... O post abaixo foi feito pela poetisa e amiga Dani Sgorlon... Cheguei a colocar o terno pra apresentar pra vocês! Curtam muito... Nós curtimos, pois a tempo não comentávamos algo juntos... Então sem mais delongas: O Texto da Dani com comentários deveras Sérios de A Bela e a Fera! Enjoy!

Ela não entende como ele pode gostar tanto de futebol. (E ainda consegue torcer para o time errado)...
(certo é o Palmeiras... hahaha!)

Ele não entende como ela pode gostar tanto de novela. (Ué... nem gosto tanto assim... só assisto a das 14, 18, 19 e 20:30 horas... não esquecendo de malhação... Adorooo)!!!
(Malhação sem o Fiuk não tem graça!)




Ela não entende como ele pode ser tão fanático a ponto de, ao final de um jogo, colocar em programas de esporte para ouvir comentários e rever 25 vezes o mesmo gol, em diferentes ângulos. (Minha teoria é de que ele só faz isso quando o time dele ganha, só pra ter certeza de que não está sonhando! Kkkkkkkkkkkkk).
(Por isso mulher vê novela, não entende de futebol... hahaha!)

Ele não entende como ela pode ser tão viciada em novela a ponto de ligar para as amigas e discutir com elas o destino dos personagens, além de rever no sábado o último capítulo que passou na sexta. (Pior é pedir para meu pai gravar os últimos capítulos pq fui a um acampamento de escoteiros no findi).
(Acho que tal comments da Bela, não merece comentário meu...)

Ela não entende como ele pode esquecer-se do seu aniversário e do aniversário de namoro. (Não entendo e nem aceito! Choro 3 dias e 3 noites! Ta avisado)! Kkkkkkkkkk
(Aniversário de namoro? Este trem faz aniversário?)

Ele não entende como ela consegue lembrar-se de tantas datas, inclusive do aniversário do cachorro. (Pula a parte do cachorro, kkkkkkkkkkk, não esquecemos das datas para poder exigir o presente horas)! (Como assim? Cachorro tbm faz aniversário? Descobri um novo mundo!)

Ela não entende como ele consegue acordar às 4 da manhã para assistir a uma luta ou ao treino de Fórmula 1. (Não vejo graça nenhuma em ver dois homens se machucando, eca!)...
(Uhu! MMA porrada na cara... vuadera na base da pleura... Velocidade... Muito Bom!)

Ele não entende como ela fica acordada até as 3 da manhã assistindo “E O Vento Levou”. (Aí forçou, prefiro “As dez coisas que eu odeio em você”!)
(Ai forçou mesmo... filme do guri que fez um Cowgay, depois um palhaço psicótico e se matou... não foram as drogas, foi a depressão por ter feito este filme que a Bela falou... hahaha!)




Ela não entende qual a graça que ele encontra em passar o sábado inteiro em um bar bebendo com seus amigos “bêbados”. (Só deixo nas quartas, sábados são meus e não abro mão! Kkkkkkkkkkkk).
(Amigos bêbados? “Só deixo no sábado”? O que estas mulheres andam bebendo por ai? Dá barato e alucinação? Me vê duas doses... hahaha!)
Ele realmente não consegue entender qual a graça que ela encontra em passar o sábado inteiro em um shopping, fofocando com as amigas e olhando vitrines. (É Mara ficar detonando o figurino alheio nos shoppings, kkkkkkkkkkkkkk e trabalho o mês inteiro só pra ter o que gastar em um único dia... as vitrines me chamam, é um imã)! (Então tem que aprender a ser faquir... trabalha pra gastar... vai comer o que doida? Meu dinheiro é pras quartas feiras... hahaha!)

Ela não entende porque ele não usa aquela camisa rosa que ela lhe deu no último Natal. (Bem pensei que era o modelo baby look que ele não tinha gostado, nem tinha imaginado que poderia ser a cor). (Putz... me imaginei de baby look rosa... acho que ia parecer um ursinho carinhoso... hahaha! Ridículo)

Ele não entende porque ela adora camisas rosa. (Eu adoro rosa).
(Rosa é muito gay... o certo é preto, cinza... isso é cor)

Ela não entende porque ele não consegue levantar o assento do vaso antes de usar. (Medo de cair as mãos, só pode)... (Assento do vaso? Ué... pensei que era pra brincar de acertar no buraquinho... hahaha!)

Ele não entende porque precisa levantar o assento do vaso antes de usar. (Se for bom de mira nem precisa levantar a tampa. Fato)!
(Pois é... até então pensei que aquilo era uma invenção masculina pra tornar a mijada mais divertida... como já disse, estou descobrindo um novo mundo! Hahaha!)

Ela não entende o fato de ele usar a mesma camisa no sábado e no domingo e não se importar com isso. (Ainda bem que a cueca ele troca diariamente, kkkkkkkkkkk).
(Ué? Tinha que trocar a cueca tbm? Fim de semana não era descansar?)

Ele, de verdade, não entende ela ter de combinar o vestido com o sapato, a bolsa, a maquiagem, os óculos e a presilha do cabelo. (hã??? Kkkkkkkkkkkkk).
(Ele na verdade não entende o pq de tanto penduricalho... hahaha!)

Ele não entende como ela pode dizer: “estou quase pronta” e demorar mais 2 horas para se arrumar para sair. (Sempre entende o motivo quando os amigos dele elogiam seu bom gosto. Kkkkkkkkkkkk). (Como assim amigo elogiando? Algo está estranho... hahaha!)

Ela não entende o fato de ele não entender que cabelo e maquiagem demoram em serem feitos e arrumados. (No meu caso ele entende, fato! Meu cabelo dispensa comentários e exige trabalho! Kkkkkkkkkk).
(Eu só lavo e pronto... as melenas secam no vento mesmo!)

Ele não entende como ela pode gostar tanto de revistas como Caras, Contigo e Cláudia. (os testes, nós mulheres adoramos responder aos testes)... (Estas revistas instauraram a ditadura do orgasmo feminino... isso é complicado de explicar... hahaha!)

Ela não consegue entender a fascinação dele em revistas como Playboy e 4Rodas. (Quer uma mulher nua? Espeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeera!!! Tiro a roupa e ele nem precisa gastar os R$15.00). (Amor tem as entrevistas e as piadas da última página... nem percebi as mulheres... hahahaha!)

Ele não entende o pavor dela quando vê uma barata. (Mato as baratas, tenho pavor a sapos, quem tem medo de baratas é ele... kkkkkkkkkkkkk).
(Vou usar do meu direito constitucional de ficar calado)

Ela não entende como ele consegue não ter pavor ao ver uma barata. (Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ele tem pavor!!!)
(Putz... morro de medo de barata, dentista e palhaço...)

Ele não entende como ela consegue ser tão organizada.
(Eu????????) (Hahahahaha)

Ela não consegue entender como ele pode ser tão bagunceiro. (Não consigo mesmo. É um mistério... guarda roupa é artigo de enfeite pra ele...) (Uma vez me falaram que era para colocar roupas dentro... mas achei trabalhoso, guardar para depois tirar! Hahaha!)

Ela não entende como, mesmo ela dizendo onde está o pote de margarina na geladeira, ele não consegue encontrar. (Por isso nunca mudo a marca, pra não confundir a cabeça dele!) (Eu ainda vou provar... a margarina tem poderes de desaparecimento...)

Ele tenta, mas não consegue entender como, depois de procurar o pote de margarina por meia hora na geladeira e não encontrar, ela simplesmente estica o braço e o pega, sem nem olhar direito. (Costume e organização... kkkkkkkkkk) (Isso é uma conspiração feminina... vcs escondem e depois como milagre acham... tentativa terrorista de abalarem nós os pobres homens! Hahaha!)



Ele nunca vai conseguir entender como ela consegue cozinhar, falar ao telefone e assistir TV ao mesmo tempo. (Necessidade! Inclua cuidar das crianças enquanto fazemos tudo isso ao mesmo tempo.) (O que assusta é não colocar um fusca numa vaga de caminhão)

Ela não entende porque ele não consegue dar atenção a ela, simplesmente porque está passando um jogo na TV. (Duas tarefas ao mesmo tempo... Para um homem isso é impossível de se fazer...)
(Isso se chama prioridades... aprendam meninas... prioridades! Hahaha!)

Ela não entende porque ele grita e gesticula tanto durante um jogo, chama o juiz de ladrão e os jogadores de toda gama de palavrões, sabendo que ninguém, além dela, está ouvindo. (Pra me irritar, só pode!) (É um ritual... algo mágico que ajuda seu time a ganhar!)

Ele não entende como ela consegue chorar vendo uma novela, sabendo que aquilo é uma encenação, feita exatamente para tentar comovê-la e dar audiência para a emissora. (Coloque-se no lugar do personagem, ele chora junto comigo. Fato!)
(Morreu nada... ta lá no Projac... pode ver... amanhã aparece na televisão de novo! Hahaha!)

Ela não entende porque em cada 10 palavras ditas por ele, 12 são palavrões.
Kkkkkkkkkkkk
(PQP... eu nem falo merd.. de palavrão nenhum porr... do caralh...)

Ele não entende como ela pode chamar tudo de inho, inha, mesmo quando está nervosa. (Porque sou queridinha! Kkkkkkkkkkkk)
(Isso é verdade... muito inho é estranho mesmo)

Eles não se entendem...
Eles realmente não se entendem...
Ele não entende porque ela chora tanto por qualquer motivo.
Ela não entende porque ele é tão insensível.
Ela não entende o vício dele em cerveja.
Vodka.
(Amo a Russa! Hahaha!)
Ele não entende como ela consegue comer tanto chocolate. (Melhor sensação do mundo, só não é melhor que... hum... vcs entendem né... só não é melhor que isso, mas comer chocolate após um amor bem gostoso tem seu valor.) (Muito chocolate... é assustador!)

Eles não se entendem...
Mas mesmo assim, sem se entender... Eles se amam...
E sabem que o amor que sentem é suficiente para mover qualquer muralha, para tornar insignificante qualquer diferença ou desavença...
E sabem também que, não teria tanta graça, se não fossem essas diferenças, esses pequenos detalhes que enriquecem tanto a vida a dois...
Eles não se entendem... Mas ao mesmo tempo se entendem tanto...
Ela é doce... Ele amargo...
Ela é clara... Ele escuro...
Ela é luz... Ele sombra...
Ela é dia de Sol... Ele noite enluarada...
Ela é água... Ele fogo...
Eu sou fogo! (Olhólhólhó)
Ela é Céu... Ele Terra...
Ela é paz... Ele guerra...
Ela é Bela... Ele... A Fera!

Somos diferentes e ao mesmo tempo tão iguais que às vezes dá medo, um medo de não ser verdade, então nesse momento, belisco “ELE” porque em mim dói e percebo que mais verdade que isso não poderia ser.
Nossas diferenças nos completam até mesmo nos momentos de pura tensão, e sinto falta até dos defeitos da Fera, nessa distância de uma hora que pra nós dura 6 dias.

Gurizada fica aqui expressa a nossa felicidade de ter a honra de poder ter um post da nossa amiga a irmã Dani Sgorlon... É muito legal alguém que escreve tão bem e melhor, enxerga estas diferenças entre homens e mulheres e consegue, como nós, com muito bom humor expor isso! Dani... Beijo meu e da Bela, volte sempre, pois é nossa poetisa preferida!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A EMBOSCADA - Saga 5

Ele estava voltando para seu castelo...
Feliz por ver o fim da guerra
Bem próximo...
Feliz por poder passar mais tempo junto aos seus.
Feliz por ter um pouco de paz.
A guerra é cansativa demais.
Mas os seus estariam lá lhe esperando.
Era o que ele mais queria.

Um pouco antes de adentrar em seu hogar
Foi atacado violentamente.
Mais uma vez.
Ele se viu emboscado...
Pensou: Será que isso nunca acaba?
Percebeu que estavam lhe arrancando novamente
O que ele mais amava, os seus, sua Dama.
Suas maiores conquistas. Seus maiores bens.



Sua velha Armadura Negra
Quase não agüentou...
Ela estava “machucada” pelo tempo e por suas batalhas
Ele sentiu o golpe
Ele chorou de dor.

O guerreiro esqueceu seus deuses
Ora, se eles não lhe defendem
Pra que precisar deles?
Ele se precipitou...
Mais uma vez esqueceu,
Esqueceu que já fora traído por sua confraria
Pelas pessoas que ele respeitava...
Esqueceu de estar preparado para tudo.
Infortúnio!

Caiu do seu pingo...
A velha Companheira Negra estava pesada
Pesada, amassada, não podia lhe defender.
Ele caiu... ficou perdido.
Um cavaleiro sem rumo?
Um cavaleiro sem estribo?



Na verdade ele esqueceu os conselhos,
Os conselhos do sábio:
“Guerreiro, a guerra só acaba depois da última batalha”
Ele pensou que tinha vencido
Ele pensou que o Mestre Destino e o Mestre Tempo
Nunca lhe pregariam esta peça!
Teatro, comédia, drama.

Chorou, copiosamente.
Viu-se sem forças para se defender.
Tiraram-lhe tudo que ele havia conquistado.
Perguntou-se o que fez?
Outra batalha para que?
Achou, sem sucesso, que tinha vencido
A GUERRA!
Mas não teve o fim da guerra...
Fora apenas uma batalha.

Mas esqueceram de lembrar...
Um guerreiro não se entrega,
Luta pelo que ele quer
Não importa o inimigo
Bruxa, mago, demônio de elite
Pelos seus ele vence!
Pelos seus ele fica mais forte!



Eu cai...
Chorei...
Briguei...
Mas amo,
A distância só me dá força!
Ao tentar me derrotar, só me deixa mais forte.
Já cai e levantei. Levantei de poços mais fundos.
“Não tá morto quem peleia!”
Estar longe das minhas magrelas
Só me deixa mais forte!
Logo estaremos juntos no nosso Castelo!
E nosso Castelo e minha família são intransponíveis...
Diferente da minha companheira...
Minha Velha Armadura Negra.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O CAMPANÁRIO - A saga 4

Ele vinha em seu cavalo...
A cabeça envolta em pensamentos,
A última batalha tinha sido cruel,
Ele e sua sua companheira, a velha armadura negra.



Pensava em como era cansativo lutar estas batalhas,
Mas logo se recuperou:
Era um cavaleiro, um guerreiro,
Nasceu para aquilo
Lutar
E hoje, não por si só, mas por todos os seus
Que ele sempre lembrava com carinho e amor.

Só de pensar nos seus,
Sua face se iluminava
Sempre pensava que desde que lhe traíram
E lhe tiraram tudo,
Ele não ficava tão ansioso em voltar para casa.
Voltar para os seus.
Já foi sozinho.
Hoje não precisava mais ser.

Neste momento passa por um velho campanário.
Pensou em quantos casamentos
Aquele velho templo já havia assistido.
Quantas uniões de amor eterno,
Aquela velha igreja já havia abençoado.
Logo enrubesceu:
Quando seria a vez do dele e de sua amada?



Neste momento
Uma lágrima correu no seu rosto
Cansado e com a barba por fazer...
Pois em sua cabeça vieram as lembranças da primeira vez que a viu.
Sua dama, seu amor.

Estava encolhida em um canto,
Pele branca como a neve
E cabelos negros como a cor de sua armadura.
Ao vê-la, seu olhar falou por si.
Ela lhe agradeceu por ele estar ali
Seu olhar agradeceu por ele estar ali...
Ele acabara com seus algozes.

Aquele olhar nunca sairá da cabeça dele,
Por muitas e muitas vidas
Aquele olhar nunca será borrado de seus pensamentos.
Aquele olhar fora fulminante
Até aquele olhar, nenhuma arma do mundo,
Nenhuma arma assassina
Atravessou sua armadura.
Sua velha companheira negra...
Apenas aquele belo e sincero olhar.

Neste momento, a lágrima perdida
Encontrou muitas companheiras.

Naquele momento ele lembrou que,
Na verdade, ele nunca havia salvado a dama.
A verdadeira história:
Naquele momento, naquela troca de olhares
Ela é que estava salvando a alma atormentada do guerreiro
Aquele olhar havia reaquecido seu velho coração frio.
Iceberg.
Aquela dama, a amada,
Na verdade salvou o guerreiro.
Como no conto, a Bela, salvou a Fera.



Demorou a entender
Como aquele ser tão frágil e pequeno
Tinha o poder de fazer o guerreiro
Se sentir protegido e salvo.
Protegido e salvo como
Um ser frágil e pequeno.
A armadura pra este ser frágil, aquela mulher alva,
Virou papel.
Amor. Confiança. Respeito. Eternidade.

Sequei as lágrimas, respirei fundo e segui...
Meu pensamento só me trazia uma coisa.
É bem bom estar chegando em casa.
É bem bom ter minhas magrelas, amadas por completo,
A minha volta.
Agradeci ao Sr. Tempo e ao Sr. Destino:
Obrigado por me darem a chance de rever aquele olhar.
Obrigado por recolocar meu amor de volta a minha
Vida.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

A PASSAGEM DO TEMPO – A SAGA 3.

Os dias hoje,
Passam muito mais rápidos.
A sua solidão, antes normal,
Chega muito mais rápido.
Só entendia a frieza e confiava na sua velha Armadura Negra.

Nem sempre foi sozinho,
Já foi cercado por uma corte inteira.
Muitos companheiros,
Muitos amigos. Amigos?
Acreditava ter conseguido montar sua confraria.

Sua propriedade sempre cheia,
Todos em sua volta.
Era sua confraria,
Sua elogiada comida fartava os convidados.
Sua bebida aplacava a sede dos amigos. Amigos?



Mas manobrado por muitos,
O guerreiro, no alto de toda sua
Experiência foi traído.
Aquela corte, grande corja,
Derrubaram toda a força do cavaleiro.
Tudo o que ele acreditava, deixou de
Existir.

Só lhe restou o cavalo, sua armadura negra
E seu, mesmo estraçalhado, orgulho.
Como já dito, viajou procurando, por todos os lados.
Procurou encontrar o que tinha perdido.
Não queria suas propriedades,
Queria apenas reencontrar sua alegria
Sua confiança nas pessoas.
Queria voltar a gostar e respeitar as pessoas.
Apenas aprendeu a solidão e a frieza.



Dizem os sábios, que o Sr. Tempo a tudo cura.
Para e fica pensando, será que realmente
O tempo o curou? Será que esta nova confraria
Que ele encontrou seria a prova
De que o tempo cura?
Será que estes, que até ontem não,
Mas hoje ele tem como SEUS são testemunhos
De que o tempo cura?

Será que o barulho, as risadas, os olhares carinhosos e
A saudade que tudo isso deixa ao silenciar o castelo
São as demonstrações de que o tempo cura?

A SAUDADE é doída as vezes,
Mas ele não se deprime,
Pois o tempo passa rápido e
Logo o castelo estará cheio novamente.

Os dias hoje, mas do que sempre
Parecem-me passar mais rápidos.
Minha solidão, antes normal,
Chega muito mais rápido.
Minha casa esvazia mais rápido a cada semana.
Eu só conhecia minha frieza,
Só confiava na minha velha Armadura Negra.



Nem sempre fui sozinho,
Já estive cercado por muita gente.
Muitos companheiros, muitos “amigos”.
Depois de algum tempo, acho que remontei
Minha nova confraria.

Os meus, hoje, muito MEUS,
Deixam-me sozinho, com muita saudade.
Mas como dizemos aqui nos pagos:
Mas vale pra um gaudério uma saudade,
Do que não ter saudade alguma pra sentir.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O Castelo e a Solidão - A Saga - 2

De longe ele vê seu castelo...
Retorno cansativo, a luta foi exaustiva.
O corpo está judiado, a mente foi torturada.
Mas o que importa, é que ele enfim chegou...
De longe ele vê, o corpo relaxa.
Ele está em casa.



Ao entrar sabe que está sozinho,
Pois os seus nem sempre podem estar lá.
Por um tempo, não é correto que estejam.
As batalhas são muitas, guerras diárias,
Lutas intensas.
Os seus só estarão seguros ao seu lado,
Quando as lutas diminuírem (elas nunca acabam),
Quando elas quase cessarem.

O castelo é enorme... Até certo ponto
Sombrio.
Naqueles corredores, há um tempo atrás,
Ecoavam gritos e risadas.
Os seus, enchiam de alegria e paz os cômodos.



Ele retira sua companheira...
A velha armadura negra...
Aquele peso saiu de suas costas.
Sem ela, ele vira outra pessoa.

Rasga um pedaço de um pão,
Enche sua caneca de vinho...
E senta-se na mesa... ali fica horas.
Fica pensando em quando era um guri
Que vivia trepado nas arvores, brincando.
Dia após dia, sem medo, responsabilidade
Apenas vivendo...
Os olhos marearam.

Lembrou do dia que largou tudo que sabia.
Não confiava no “maldito” destino...
Largou a armadura, foi criar cabras.
Mas a história de um homem,
É escrito pelo Arquiteto maior...
Nem uma folha cai sem que ele saiba.

Pois bem... o homem quando nasce cavaleiro,
Não adianta brigar, não será pastor, nem agricultor,
Não será professor, muito menos sacerdote...
Nasceu cavaleiro, morrerá cavaleiro.

Mas como diria o sábio:
Não se aprende a andar sem cair, pelo menos, um tombo.

Ele ali sentado, pensando em tudo isso...
Seu rosto, antes lavado com o suor do combate,
Agora estava molhado pelas lágrimas...
Estas escondidas e guardadas para as oportunidades certas,
São poucas, mas ainda assim, existem.
Estava ele lá perdido.
Pensamentos soltos, lágrimas e soluços.



Mas não enfraqueceu, pensou...
Pelo contrário, fortaleceu-se, ficou mais frio.
Lembrou o quão caro foi ter se transformado num homem frio.
Quantos choraram aquelas lágrimas que hoje são dele.
Quantos fugiram por medo de seus olhos vazios...
Vazios e penetrantes. Chorou mais uma vez.

Mas do longe escuta um barulho...
Um barulho o qual seu ouvido ainda não está acostumado.
Um barulho estranho, mas muito agradável.
Por dúvida, sorve o vinho e empunha a espada.
Qualquer que seja, estará preparado.
Adrenalina aos montes, nervos rígidos... coração batendo louco.

Mas o som verdadeiro chega...
Meu ouvido não é acostumado, barulho de risos.
Risos de criança... ainda não me acostumei.
Fui sozinho por muito tempo, não tinha por quem lutar.
Hoje sou 4, as vezes dez, mas sou muitos... Amo muitos.

Orgulhoso, me sento.
Divido o pão e coloco mais vinho na caneca, em outras refresco.
As lágrimas mudaram de sabor... estão mais agradáveis.
Os corredores agora ecoam risadas.
A mesa cheia, o coração cheio.
As vezes paro e penso, como é bom estar em casa.

domingo, 22 de agosto de 2010

De Onde Vem Tua Armadura (post Fera)

Gurizada... Entrei na onda de escrever bonito!

É uma realidade, todos nasceram nus… pelados, sem pelo.
Sem diferença de sexo, cor, raça ou credo...
Todos nasceram iguais.

Com o tempo, o couro fica duro...
Chineladas, topadas, arranhões.
Todo mundo já arrancou o tampo do dedão...
Da mesma forma... Todos iguais.

Passa o tempo, com a vivência, escolhemos nossos grupos...
Adultos, todos estão em suas confrarias...
Parceiros de trago... Amigas do salão...
Colegas da facul, conhecidos do bairro.
No fim, formamos nossa identidade, nosso caráter... Távola.
Personalidade. Esta é formada na convivência com nossos pares.

Então começam os dissabores...
Traições, puxadas de tapete e desconfiança...
Da mesma forma, existe a alegria, a boa nova e a eterna torcida.
A Esperança (ela nunca morre).
Então, a experiência nos ensina...
Isso é certo. Isso é errado.

Da mesma iguala é o cavaleiro...

Nasce cavalariço, sem armadura, só uns poucos panos...
Sem diferença... Se tiveres talento com a espada, será espadachim
Todo cavaleiro começa do mesmo lugar...
Cavalariço.

Tua armadura, cavaleiro, depende do tanto que tu lutas,
Se lutas a cavalo, é leve para o pingo poder te levar.
Se for infantaria, é leve e articulada, pois tens que ser ágil.
Se és um guerreiro, um fronteiriço, ela é intransponível.
Indiferente, ela é tua segurança, fora de casa, ela te protege.



Mesmo “o” guerreiro, o mais forte e com a armadura mais “dura”,
Mesmo ele tem seu porto seguro...
Sua fortaleza, seu castelo...
É lá onde estão os seus protegidos, livres de todos os perigos.
É lá aonde ele chega, depois da batalha
E se despe da vestimenta metálica.

Somente estes, os seus, podem ver o corpo do guerreiro...
Só os seus podem ver sua pele e suas cicatrizes...
Cada cicatriz conta uma aventura, uma história.
Mas mesmo dentro de sua fortaleza, há algo que nem o guerreiro pode prevenir...
Se defender.

Como o grande Rei, ele foi atacado...
Traído por sua própria távola...
Traído pelos seus...
Traído despido, sem sua armadura... Emboscada cruel.

Então o guerreiro é tomado pelo pior dos sentimentos, A FRIEZA...
Sua armadura é sua única amiga, sua alma...
Por que se machucar novamente?
Por que mais cicatrizes num corpo já judiado pelas batalhas?

Envolto neste trauma, nestes pensamentos ele vai vagar, vai viajar...
Muitas batalhas virão, tabernas passarão, companheiros morrerão.
Quantas vezes vai dormir ao relento apenas na companhia de seu cavalo?
Quantos dias se alimentou sozinho?



Quantas guerras lutou? Quantas feras subjugou? Quantos cavalos domou?
Nada importa... Sua cabeça está sempre no mesmo lugar.
Vingança, nem pensar... Ele é honrado.
Ele prometeu ser frio, e, sua armadura, nunca mais despir.

Tudo pode acontecer. Mas ele ficará ali... Frio, imóvel e calculista... Esperando o mal acontecer... A machadada final, aquela que colocará fim a sua história.

Quando seguro de seu futuro, sem medo, sem sentir nada ou algo, um dia se depara com uma batalha a qual ele conhece...
Mas esta ele nunca lutou.
Um “inimigo” jamais enfrentado...

Sem problemas. Sua armadura hoje é intransponível, negra...
Ele é invencível.
Mas nem sempre o que imaginamos é o que o destino quer.
Nem sempre o destino nos dá o que imaginamos.

O guerreiro lutou, mas sem um machucado, uma gota de sangue, foi derrotado...
Sua armadura foi vazada.
A intransponível, tinha um ponto fraco e lá ele foi atacado...

Viu-se perdido, mas não triste, não com anseio de se defender, apenas assustado, pois tinha passado por cima de tudo que ele prometera.
Nunca mais ser dominado e traído...
Nunca mais tirar aquela armadura, aquele que foi seu único porto seguro...
Mas contra o bendito destino, nem o maior guerreiro pode lutar.

Com certeza, hoje me entreguei, minha frieza e a minha armadura negra ainda estão no mesmo lugar, aos poucos vou me despindo... Aos poucos eu confio e no fim, por uma manobra marota do destino, voltarei a estar nu, da mesma forma que todos.

Como todos nós que nascemos, nus, sem pelos, pelados.

De Onde Vem Tua Armadura (post Fera

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Poesia no BF - Escrito pela Bela (sorte de vcs)

Buenas gurizada... graças a Deus alguma leitura descente neste blog... O post hj, é um poema da Bela... Espero que gostem, eu adorei, pois foi feito pra mim... hahaha! Boa leitura!

Onde está você agora?

Sinto o toque dos seus olhos sob meu corpo
Que anseia pelo roçar das tuas mãos na minha pele
Sempre tão pálida e nua diante do teu olhar...
Sei o que me dizes sem pronunciar palavra alguma
Sei quando me queres sem que me digas



Onde está você agora?
Que não aqui preso em meus braços
Perdido em meus abraços?
Entre nós não há necessidade de palavras nem gestos
Basta um olhar e nos perdemos de todo o resto!

Amo-te tanto que sinto dor
Uma dor de vontade... Vontade de te ter sempre perto
De querer ser mais...
De fazer do teu peito meu habitat,
Do teu corpo, meu refúgio...

Vontade louca de me perder nos lábios teus
E não mais me encontrar.
Sentir teu gosto pra nunca mais parar!
Enquanto as lágrimas inundam minha face
De puro prazer e esplendor...

Vou confessar amor que sei onde estás...
Preso em meus sonhos, guardado em meu peito
E daqui não sairás!
Porque te amo mais que tudo e da minha vida
Não partirás mais!



Entrego-te meu corpo e minha alma,
Meu amor e minha calma...
Entrego- me completamente tua!
Onde estás agora amor? Se não aqui preso dentro de mim?
Em cada pensamento, em cada sentimento, em mim!
Meu... Somente meu!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Sim ela existe... A TPM masculina.

Buenas gurizada! Hoje o assunto é meio constrangedor... Como sabem, sou um caboclo curioso, (Fala sério amor! Tu nem é tão curioso assim kkkkkkk) e, quando coloco uma coisa na cabeça eu vou fuçando até achar respostas as minhas “Teorias da Conspiração” (Nem tinha percebido isso amor! Jura?). Depois de escrever sobre a TPM das gurias, fiquei pensando: será que nós os piazão também sofremos disso? (Eu já sabia que sim, só não tinha provas). A resposta é assustadora... Sim, nós os cuiúdo também sofremos do tal distúrbio hormonal (que vergonha... Hahahaha!). (Ufa! Ao menos é tratável néh? Lexotan ajuda? Kkkkkkkkkkkkkkkkk).

Neste momento meus neurônios queimam para tentar escrever este post da forma mais “minha cara” possível... Mas não dá... Fiquei deveras TENSO!
(TPM é normal amor, ao menos a nossa!!! Rindo muito agora).




Já imagino as perguntas: mas pq tu tá tenso, ou constrangido? Bah Gurizada eu nem tenho útero. Pra mim, absorvente é tudo modess (menos aqueles que parecem um cotonetinho... Hahaha!), (Tampax amor!) é tudo igual e nem imagino o que é uma cólica menstrual (na minha cabeça um luftal resolveria o problema!).
(Ta confundindo minha terrível cólica menstrual com gases? Cólica não é tão ruim quanto gases amor) kkkkkkkkkkkkkkk.

Ocorre o seguinte, o meu mau humor acusa: apesar de não sangrar todo santo mês e desconhecermos as coisas acima descritas, nós homens também sofremos de TPM. Pior, comprovado por cientistas, mas no nosso caso, o nome é SHI – Síndrome do Homem Irritado (Nome macho!!! Kkkkkkkkkkk) (preferia ter tensão do que síndrome... Pra mim foram cientistas mulheres que inventaram este nome maledeto).

Teve um tal Dr. Gerald Lincoln lá da Escócia (deve ter tomado uns wiskey, (Caipirinha falsa amor, só pode) ficou doidão e inventou esta patacoada) que disse que “não é só o humor feminino que varia à mercê dos hormônios” O Bêbado ainda disse que descobriu uma anomalia hormonal masculina (agora chega né? Anomalia não... Pq não tensão!?!) (sabia que tinha algo haver com anomalia, pq nós mulheres choramos, sentimos dor, vcs se irritam, xingam tudo, isso assusta a chapeuzinho) que ele batizou de Síndrome do Homem Irritável (viu... Pior que mulher inventando coisa é homem cientista borracho... Hahaha!).

Segundo o tchuco escocês, este trem é tipo de Tensão Pré-Menstrual (TPM). Ele encontrou a síndrome em carneiros no inverno, o nível de testosterona desses animais cai mais de 90% e depois de estudos (sei, ele e um Teachers) ele percebeu que estes carneiros ficam agressivos, irritados, confusos e extremamente emotivos. (Os carneiros somos nós meninas) Mais ou menos os sintomas da TPM. (Pronto, tá explicado... O que eu tenho com carneiro deprimido, ainda mais no inverno?). (Falei... Sempre preferi o verão! Não tem nome pra isso no verão tem? Kkkkkkkkkk).

Bom deixando os carneiros e o Dr. Passaport de lado, após ler isso, e mais algum material, fiquei muito ansioso, pois descobri que tenho uma TPM (nada de síndrome ou anomalia... Hahaha!) desgraciata! Caramba, vivo numa inconstância de humor assustadora. (Ui) Numa hora estou tranqüilo que nem água de poço, mas ao menor movimento, ou gesto, viro um ogro, (Não sei como a Fiona reagiria a esses rompantes, mas acho que diferente de mim) saco meu Sabre Laser e, Xurémmmm saio detonando tudo na minha frente... Hahaha (Adorei os efeitos sonoros!). (Saio fora de mim nesses momentos, me sinto perdida, onde é mesmo o guarda roupa? Ótimo lugar pra se esconder da Fera com TPM kkkkkkkkkk).

Outras vezes, assumo meu lado Urso Polar... Fico no iceberg e só saio deste estado à hora de comer. Neste estado as resposta são sim, não e nada... Deve ser irritante! (Coooomooo assim deve ser irritante! É irritante, cruel e devastador! Ao menos pra mim!) Mas neste eu também fico às vezes carinhoso, com rompantes de romantismo, pedidos carinhosos, ou seja, tirando a parte fria e semi-muda, parecemos mulheres (HAHAHA!). (Esse é o período pós amor).



Gurias, a dica da Fera é a seguinte: quando seu homem estiver neste estado, Deixa ele quieto... Deixa ele jogar o PS3 em paz, deixa ele ver o jogo... Deixa-o quietinho... Sei que pra vocês isso é difícil, sei que pensam que estão sendo colocadas de lado (e realmente estão... Hahaha!), mas não é por maldade, é para o bem comum. Enquanto ele ta lá quieto, ele está pensando em todos os problemas que estão deixando ele irritado, ou triste, ou distante... Aprendam, um homem quando desliga da Terra, ele está fazendo suas “ATUALIZAÇÕES”.

Esperem, respeitem e por experiência própria, esta TPM acaba, e ele voltará a ser seu ogro de estimação preferido! Hahaha!




Não é fácil aceitar essa sugestão de deixar quieto, mulher mesmo com todos os defeitos e frustrações, gosta de resolver o problema na hora, enquanto vocês homens preferem o silêncio, nós mulheres desejamos que em nossos rompantes de TPM vocês nos abracem e repitam que nos amam, pq são nesses momentos que nos sentimos frágeis, feias, inseguras, chatas, gordas... Não sei quanto a vocês meninas, mas sou extremamente carinhosa, ciumenta, chorona, e de verdade, enquanto escrevo esses comentários, choro mesmo, porque é exatamente assim que me vejo, correndo atrás pra poder ajudar, pra tentar entender e é terrivelmente cruel e assustador não conseguir resolver esses transtornos com um beijo apaixonado! Por mais que eu esteja chateada, o beijo da Fera me desarma e me transporta pra outro mundo, que desconheço! É difícil aceitar que o mesmo não aconteça com os homens!!!
(Xurémmmm!!! Hahaha! Adorei este barulhinho).


Beijo pras meninas e pros meninos tbém!!! Beijo pras prendas e abraço pros cuiúdo (gora com TPM... Hahaha!)