O Coronel secou as lágrimas.
Tentou com todas as forças
Retornar a realidade.
Ele era um Oficial SS.
Eles, judeus, inimigos.
Tinha que planejar tudo.
Era um estrategista.
Mas ficava difícil,
Seu cérebro militarmente treinado,
Não vencia a batalha contra o coração apaixonado.
A cabeça estudava as atitudes a serem tomadas.
O coração só enxergava uma família.
Como este militar queria uma família.
Por anos, sua única família foram seus companheiros de guerra.
Logo fortes batidas interromperam seus pensamentos.
O QG ordenara a retirada de todos os judeus das casas.
Quem não tivesse os papeis seguiria para um destino,
Os cadastrados teriam que obedecer aos preparativos:
Cabelos raspados, tatuagem e desinfecção.
Mal teve tempo de argumentar,
Os soldados levaram sua “esposa”.
Seu “filho” foi poupado, pois o Coronel disse:
“Esta criança não é judia”
Mal os “seqüestradores” viraram a esquina,
O SS correu ao QG,
Queria saber qual o motivo de seu pedido ser desrespeitado.
Nunca tivera um favor não realizado.
Ao ver o Comandante da ocupação
Indagou o motivo de sua empregada ser levada com os outros.
Usou do respeito que detinha perante o exército.
Analisaram os papéis e acharam o erro.
Um equívoco jogara sua amada na lista do trem.
O trem rumo aos campos.
Deixou o menino aos cuidados das enfermeiras.
Correu como louco,
Cada minuto era fatal.
Se não chegasse a tempo,
A linda figura alva,
Teria o mesmo destino de milhares,
Seria levada a um Campo de Concentração
E como muitos,
Nunca mais seria encontrada.
Chegou esbaforido, mas logo acalmou,
Ela ainda estava na fila,
Não havia embarcado,
Pois caso a embarcassem,
Nem ele poderia fazer nada.
Respirou fundo,
Ajeitou a farda,
Enrijeceu a fronte (era conhecido pela frieza)
Passou em revista pela fila de mulheres.
Apontou com desprezo para ela.
Logo dois soldados a retiraram da fila,
E foi levada para outra fila,
A fila dos que seriam cadastrados.
O Oficial parou e olhou as duas filas.
Sentiu algo que nunca sentira,
Decepção.
Estava decepcionado com ele.
Sentia-se um mostro.
Estava decepcionado, pois ele
Fazia parte daquilo.
Ajudara a fazer aquele horror.
Após a bela moça fazer o cadastro,
Foi levada para que lhe cortassem o cabelo.
Ela olhava de forma desesperada para Ele,
Enquanto lhe cortavam de forma violenta
Os belos cabelos negros.
A cada mecha negra caída,
Uma lágrima escorria dos olhos dela.
A cada fio negro azulado no chão,
Uma faca furava o coração do Coronel.
Ele sentia-se impotente.
Nunca se sentira assim...
Era impotente,
Pois diante da tortura aplicada
Ao seu amor,
Pelo bem dos dois, dos três,
Ele deveria manter-se inerte.
Se no mínimo desconfiassem
Da traição que estava acontecendo,
Os três seriam enforcados.
Tentou com todas as forças
Retornar a realidade.
Ele era um Oficial SS.
Eles, judeus, inimigos.
Tinha que planejar tudo.
Era um estrategista.
Mas ficava difícil,
Seu cérebro militarmente treinado,
Não vencia a batalha contra o coração apaixonado.
A cabeça estudava as atitudes a serem tomadas.
O coração só enxergava uma família.
Como este militar queria uma família.
Por anos, sua única família foram seus companheiros de guerra.
Logo fortes batidas interromperam seus pensamentos.
O QG ordenara a retirada de todos os judeus das casas.
Quem não tivesse os papeis seguiria para um destino,
Os cadastrados teriam que obedecer aos preparativos:
Cabelos raspados, tatuagem e desinfecção.
Mal teve tempo de argumentar,
Os soldados levaram sua “esposa”.
Seu “filho” foi poupado, pois o Coronel disse:
“Esta criança não é judia”
Mal os “seqüestradores” viraram a esquina,
O SS correu ao QG,
Queria saber qual o motivo de seu pedido ser desrespeitado.
Nunca tivera um favor não realizado.
Ao ver o Comandante da ocupação
Indagou o motivo de sua empregada ser levada com os outros.
Usou do respeito que detinha perante o exército.
Analisaram os papéis e acharam o erro.
Um equívoco jogara sua amada na lista do trem.
O trem rumo aos campos.
Deixou o menino aos cuidados das enfermeiras.
Correu como louco,
Cada minuto era fatal.
Se não chegasse a tempo,
A linda figura alva,
Teria o mesmo destino de milhares,
Seria levada a um Campo de Concentração
E como muitos,
Nunca mais seria encontrada.
Chegou esbaforido, mas logo acalmou,
Ela ainda estava na fila,
Não havia embarcado,
Pois caso a embarcassem,
Nem ele poderia fazer nada.
Respirou fundo,
Ajeitou a farda,
Enrijeceu a fronte (era conhecido pela frieza)
Passou em revista pela fila de mulheres.
Apontou com desprezo para ela.
Logo dois soldados a retiraram da fila,
E foi levada para outra fila,
A fila dos que seriam cadastrados.
O Oficial parou e olhou as duas filas.
Sentiu algo que nunca sentira,
Decepção.
Estava decepcionado com ele.
Sentia-se um mostro.
Estava decepcionado, pois ele
Fazia parte daquilo.
Ajudara a fazer aquele horror.
Após a bela moça fazer o cadastro,
Foi levada para que lhe cortassem o cabelo.
Ela olhava de forma desesperada para Ele,
Enquanto lhe cortavam de forma violenta
Os belos cabelos negros.
A cada mecha negra caída,
Uma lágrima escorria dos olhos dela.
A cada fio negro azulado no chão,
Uma faca furava o coração do Coronel.
Ele sentia-se impotente.
Nunca se sentira assim...
Era impotente,
Pois diante da tortura aplicada
Ao seu amor,
Pelo bem dos dois, dos três,
Ele deveria manter-se inerte.
Se no mínimo desconfiassem
Da traição que estava acontecendo,
Os três seriam enforcados.
Após ter belos cabelos negros
Raspados de forma grosseira,
Ela foi levada para outra fila.
20799723 este foi o código.
Este número nunca saíra da cabeça Dele.
Este foi o número que tatuaram Nela.
Aquela pele alva, Branca como a neve,
Estava violada pela ignorância de seu povo.
Mais uma vez, sentiu-se decepcionado.
Ao lembrar-se de tudo que já havia feito
Até aquele olhar cruzar com o Dele,
Seu estômago embrulhou.
Decepção e culpa corroíam seu peito.
Nem mesmo recuperada
Das outras torturas sofridas,
Ela teve suas roupas arrancadas
E junto com outras dezenas de mulheres
Foi jogada dentro de um cômodo.
Não media mais do que 3x3.
Ele de fora, remoído de culpa
Viu os soldados abrirem o registro.
Os gritos vindos lá de dentro eram horríveis.
O ouvido do Militar apaixonado pelo inimigo,
Choraram junto com seu coração.
Ao sair daquele terror,
Foi levada em seu carro para casa.
Ele mal conseguia olhar para Ela.
A força que o Oficial fazia
Para que seu remorso não transparecesse
Era pior do que agüentar a dor de um tiro.
Ele não se perdoara.
Pois aquela linda moça,
De pele alva e cabelos negros azulados e de olhar penetrante,
Depois de toda a tortura sofrida,
Estava destruída, parecia um doente terminal.
Ao entrarem em casa
Ele pediu para que ela sentasse,
Num repente, ele se atirou aos pés dela.
Chorando compulsivamente
O antes grande Oficial da SS,
Transformou-se numa criança frágil.
Aos prantos pedia perdão.
Perdão pelo que Ele a fizera passar.
Ela levantou a cabeça do Coronel, molhada em lágrimas.
Com um olhar sereno, fiel e apaixonado,
Ela simplesmente disse:
“Ich liebe dich. "
Raspados de forma grosseira,
Ela foi levada para outra fila.
20799723 este foi o código.
Este número nunca saíra da cabeça Dele.
Este foi o número que tatuaram Nela.
Aquela pele alva, Branca como a neve,
Estava violada pela ignorância de seu povo.
Mais uma vez, sentiu-se decepcionado.
Ao lembrar-se de tudo que já havia feito
Até aquele olhar cruzar com o Dele,
Seu estômago embrulhou.
Decepção e culpa corroíam seu peito.
Nem mesmo recuperada
Das outras torturas sofridas,
Ela teve suas roupas arrancadas
E junto com outras dezenas de mulheres
Foi jogada dentro de um cômodo.
Não media mais do que 3x3.
Ele de fora, remoído de culpa
Viu os soldados abrirem o registro.
Os gritos vindos lá de dentro eram horríveis.
O ouvido do Militar apaixonado pelo inimigo,
Choraram junto com seu coração.
Ao sair daquele terror,
Foi levada em seu carro para casa.
Ele mal conseguia olhar para Ela.
A força que o Oficial fazia
Para que seu remorso não transparecesse
Era pior do que agüentar a dor de um tiro.
Ele não se perdoara.
Pois aquela linda moça,
De pele alva e cabelos negros azulados e de olhar penetrante,
Depois de toda a tortura sofrida,
Estava destruída, parecia um doente terminal.
Ao entrarem em casa
Ele pediu para que ela sentasse,
Num repente, ele se atirou aos pés dela.
Chorando compulsivamente
O antes grande Oficial da SS,
Transformou-se numa criança frágil.
Aos prantos pedia perdão.
Perdão pelo que Ele a fizera passar.
Ela levantou a cabeça do Coronel, molhada em lágrimas.
Com um olhar sereno, fiel e apaixonado,
Ela simplesmente disse:
“Ich liebe dich. "